terça-feira, 8 de março de 2011

Sobre mulheres - e homens, talvez.

Eu pensei em fazer um texto comovente sobre a importância das mulheres no dia de hoje. Comecei a escrever, mas me dei conta de que ele não fazia sentido. Acho que nem sei o que é ser mulher e sei menos ainda sobre a possibilidade de ser uma um dia.
Quando eu tinha 8 anos ganhei meu primeiro sutiã. Naquele momento me senti uma grande mulher. Descobri que não era a mulher que pensava na minha primeira decepção amorosa, ainda com 8 anos, quando um garoto me trocou pela moça loira e popular. Um ano depois, com a fossa devidamente curtida, me dei conta de que era jovem demais e que queria ser criança. Fui um pouco mais criança, então. Aos 11, com os hormônios gritando, tive minha primeira menstruação. Não foi um fato marcante, apesar da felicidade da minha mãe, que não parava de afirmar que sua filha agora era uma mulher. Nessa época, eu me lembro bem, eu não era nada bonita ou charmosa, mas "pegava geral" porque era uma garota com tesão. Acho que garotas com tesão aos 11 eram coisa rara.
Dos 11 aos 14, segui crescendo sem perceber, me relacionando com a inocência maliciosa de toda boa pré adolescente, que crê que pode dominar o mundo com um par de pernas. Então... outra vez me dei conta de que não era mulher o bastante. E mais uma vez, foi um homem que me fez perceber isso. Se eu pudesse aconselhar uma garota de 14 anos, diria para NUNCA, em hipótese alguma, apaixonar-se por um homem mais velho. Isso faz qualquer garota ser pra sempre criança e no mundo real, isso não é uma coisa boa.
Hoje, aos 21, olhando pra trás, eu percebo que deveria existir um Dia Mundial do Homem. Eles é que são capazes de tudo, inclusive de fazer uma mulher sentir-se realmente mulher ou apenas uma garota tola.
Continuo me sentindo uma menina. Continuo esperando que um homem rei me diga que eu sou uma mulher para que eu incorpore uma e retome minha essência.
Por essa razão, desejo ao meu homem, que nunca foi meu, um feliz dia internacional do homem.


“Tudo que você realmente precisa é amor, e um pouco de chocolate”.
(Lucy van Pelt)

5 comentários:

  1. Pois é!

    Homens e mulheres possuem suas peculiaridades. Ambos se completam e ajudam na descoberta da verdadeira essência.

    Mas não será um homem que lhe mostrará como é ser uma mulher. Você mesma é quem descobrirá, por meio das suas experiências e constatações.

    Não deixa de ser um texto comovente.

    Abs,
    seuanonimo.blogspot.com

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  2. adoreia ideia do blog bem legal

    seguindo, segui o meu tbm

    http://edducamargo.blogspot.com/

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  3. Muito bom esse post. Falou tudo!

    O que seria dos homens, sem nós?!


    http://oiadolescentes.blogspot.com/

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  4. sobre o comentário aí de cima, "O que seria dos homens, sem nós?!" eu acho que o post é muito mais do que isso, ultrapassa esses clichês que vemos sempre sobre as mulheres no 8 de março. O post é verdadeiro, autêntico e com conteúdo. Parabéns por fugir do lugar-comum e produzir um texto bem interessante.



    http://ramanavimana.blogspot.com/

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